
Voo às cegas, todo ouvidos, quedo-me contigo.
Hei de estar dependurado
Se me lembrares terno, um amigo,
Teu vampiro alado.
Se me alimentas com as graças tuas
Escreves com sangue para o animal
Que te enxerga sob a lua
E do teu espírito se faz comensal.
No meio-dia me senti grávido,
Pensei: é poesia!
No ávido ocaso lamentei.
Era pandemia.
Oh fábula de mim, destino que contenta!
Não permitas que passe por farsante
Este que por descuido comenta
Quem foi teu amante.