Cerveja atrás de cerveja Garrafas que empilho não se movem sozinhas Bebo porque é líquido e trago porque não sei quem vem Sou das tardezinhas e dos lamentos Da simpatia com quem se apresenta Dos versos cada vez mais soltos Porque no céu o que há é mato E os coelhos estão todos aqui a fornicar Eu vos digo que querer o desejado É desejar o querer E os quereres estão obsoletos Porque se assim não fosse Araçatuba seria a nova Paris E as guerras seriam coisa pra depois Só que isso diz quem é bebum, niilista ou depravado E eu sou logo os três E mordo e assopro e cuspo E se deixarem eu assovio Pra dizer que três é demais Dois é veneno E um Só um Um só Um filho da puta é o que basta pra coisa desandar.