
Encontro-te hoje firme rumo a outras danças
A esbaldar-te ainda na mesma tenra beleza
E posto o inevitável, quanta tristeza!
Vê a vida como chega sem compaixão
A ordenar-te que envelheças, austera
Condenada a mais uma primavera!
Peça a benção, não sem tempo
E viva religiosamente devota ao teu talante
Mas que não sejas fria, tampouco arrogante!
Espero que o porvir do tempo seja de tal forma generoso
A mostrar- te, parco, que da alma cura-se as dores
Com um poema, é claro, e um ramo de flores!
E nesta carta, adiciono uns tantos beijos
Para criares estoque.
Cumprimenta-te pela idade
O sempre teu…
Saudade.